O Carnaval e a Igreja de Deus
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Sua
História:
Mesmo sendo um tanto
obscura, é sabido que o carnaval é a época
dos divertimentos que abrange os dias próximos e anteriores
à quaresma, particularmente os três dias que precedem
a chamada quarta-feira de cinzas, no mês de fevereiro ou
março de cada ano.
Vago também,
é a etimologia do vocábulo “carnaval”
“primitivamente designativo da terça-feira gorda, tempo a
partir do qual a igreja romana suprime (levare) o uso da carne.
Petrocchi dá como étimo o baixo latim (carnelevare),
modificado depois em carne, vale! Adeus, carne! O velho pisano
tinha carnelevare, o napolitano, kalnolevare; é possível,
que tenha havido simples dissimilação. Stappers
interpreta o baixo latim canelevamem como carnis levamem, prazer
da carne, antes das tristezas e continências da quaresma,
(doutrinas esposadas por seitas pagãs). Na verdade o termo
que define o carnaval é carne levare; termo este que
começou a circular por volta dos séculos XI e XII,
para designar a véspera da quarta-feira de cinzas, em que
se inicia a exigência da abstinência de carne, ou
jejum quaresmal. Há os que afirmam que o carnaval teve sua
origem entre os gregos e romanos, onde se costumava exibir um
préstito em forma de nave dedicada ao deus Dionísio
ou Baco, préstito ao qual em latim se dava o nome de curros
navalis: de onde vem a forma carnavale.
No
Brasil:
O primeiro baile de carnaval foi realizado no dia 22 de Janeiro de 1841, na cidade do Rio de Janeiro, no Hotel Itália, localizado no antigo Largo do Rócio, atual Praça Tiradentes, por iniciativa dos proprietários do aludido Hotel, italianos empolgados com o sucesso dos grandes bailes mascarados da Europa, dos quais tinham conhecimento, o que agradou em cheio também aos brasileiros, agradou tanto que muitos bailes se seguiram; mesmo porque em 1834 o gosto pelas mascarás já era acentuado no Brasil por causa da influência francesa.
No Brasil o carnaval
se originou exclusivamente da Europa, sendo uma herança do
entrudo português e das máscaras italianas, sendo que
no início do século, foram acrescentados os
elementos africanos, que contribuíram de forma definitiva
para o seu desenvolvimento e originalidade.
Nessa época o
carnaval apesar de não ser praticado como é hoje, já
era uma festa extremamente violenta, era conhecido com entrudo,
nessas festas as pessoas guerreavam nas ruas, atirando água
uma nas outras, através de bisnagas, farinha, pós de
todos os tipos, cal, limões, laranjas podres e até
mesmo urina.
Em meio a tantas
orgias, paganismo e obscenidade, houve uma não concordância
entre a igreja romana e o carnaval, mas o que prevaleceu foi uma
atitude de tolerância por parte da Igreja romana quanto ao
carnaval, até porque a liderança da igreja romana
não conseguiu elimino-la do calendário, a solução
então foi: Se não pode vence-los, junte-se a eles.
Com isso, no século XV, a festa da carne, por assim dizer,
foi inserida no calendário da igreja católica, sendo
oficializado como a festa que antecede a abstinência da
carne, requerida pela quaresma. Ainda no mesmo século XV,
provavelmente movido pelo sucesso popular da festa, o papa Paulo
II a incorporou no calendário cristão, passando a
partir de então a patrocinar toda uma rica celebração
antes do advento da quaresma.
Ainda numa atitude
de coerência ao carnaval e em uma atitude de benevolência
a esta nefanda orgia, o papa Paulo II, no século XV,
permitiu para maior animação na Via Lata, rua
fronterícia a seu palácio e silenciosa durante o ano
inteiro, que ali se realizasse o carnaval romano, com suas
corridas de cavalos, carros alegóricos, batalhas de
confetes, e uma animada luminária de tocos de vela, além
da corrida de corcundas, do lançamento de ovos e de outras
manifestações populares. Não apenas o
carnaval popular foi organizado pelos papas. Paulo XIV promoveu
uma terça-feira gorda, um lauto jantar onde compareceu o
sacro colégio romano, e o festim regado a vinho pôde
ser considerado uma das primitivas celebrações em
salão fechado.
A
Santa Bíblia:
As Escrituras
Sagradas não dão amparo algum para a inconseqüente
iniciativa da igreja católica na tentativa de cristianizar
o carnaval, justificativas foram apresentadas pela igreja, as mais
inconseqüentes e infelizes. O Carnaval é um exemplo
real da sobrevivência do paganismo, com todos os seus
elementos presentes. É a explícita manifestação
das obras da carne: adultério, prostituição,
impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria,
inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas,
dissensões, heresias, glutonarias e coisas semelhantes. O
apóstolo São Paulo em sua carta aos Gálatas
5:19-20 declara inequivocamente que os que cometem tais coisas não
herdarão o Reino de Deus.
A
Santidade:
Em Ezequiel 44:23
está escrito: “E a meu povo ensinarão a distinguir
entre o santo e o profano e o farão discernir entre o
impuro e o puro.” – Sendo o carnaval a expressão máxima
daquilo que é profano, daquilo que é abominável
aos olhos do Senhor, não é então prática
para os santos que já foram alcançados pela
maravilhosa salvação do nosso Deus participar. É
claro que temos que ensinar o povo não alcançados a
distinguir entre o santo e o profano, mas fora da lama, sem
participar da profanação, sem fazer quorum com essa
orgia depravada, há muitos lugares, onde durante o ano, que
os servos do Senhor Jesus podem ensinar para os que ainda estão
debaixo dessas avalanches.
Há quem
justifique como estratégia evangelística a
participação efetiva na nefanda festa do carnaval,
desfilando com carros alegóricos e blocos “evangélicos”
o que não deixa de ser uma tremenda associação
com a profanação, é a mistura do santo com o
profano sob pretexto de evangelização. Pergunta-se
então: será que deveríamos freqüentar a
boates gays, sessões espíritas e casas de massagem,
a fim de conhecer melhor a ação do diabo e investir
contra elas?
Do outro lado, no
outro extremo, está a corrente dos que preferem ficar
enclausurados, nos retiros espirituais, deixam as igrejas vazias e
às vezes até mesmo fechadas, a cidade vazia, parece
que por conta do rei momo. Respeitando as opiniões dos que
adotam tais idéias, devo dizer, que nos dias de carnaval, a
Igreja do Senhor Jesus precisa estar acesa, viva como ela é
viva, ativa, Obreiros, músicos, corais, orquestras, todos
na cidade, pregando, cantando, T E S T E M U N H A N D O, que
Jesus Vive, que Ele está às portas para arrebatar a
sua Igreja, investir em folhetos, Evangelhos, Novos Testamentos,
Bíblias, e todo o tipo de literatura que testemunha de
Jesus, promover reuniões evangelísticas nas
residências dos irmãos, tirar a luz que está
embaixo do alqueire e coloca-la sobre o velador,
desenclausurar-se. (Jr 15:19) - Portanto, assim diz o SENHOR: Se
tu voltares, então, te trarei, e estarás diante da
minha face; e, se apartares o precioso do vil, serás como a
minha boca; tornem-se eles para ti, mas não voltes tu para
eles.
O crente é a
boca de Deus! Sim o crente é a boca de Deus, ou então
ele não é nada, mas como pode o crente ser a boca de
Deus? A resposta está no versículo acima: separando
o precioso do vil, apresentando seu corpo ao Senhor em sacrifício
vivo, santo e A G R A D Á V E L a Deus – (Rm 12: 1-2) -
Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que
apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e
agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
E não vos
conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação
do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus.
O
Sal da Terra:
Os salvos são o sal da terra, a Igreja do Senhor Jesus é o sal da terra – (Mt 5: 13) Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.
Em meio a tanta
carne, se faltar o sal a deterioração será
total. Que função tem o sal!!! - a) preserva, não
deixando apodrecer – b) tempera, equilibrando o sabor - c)
provoca a sede: “E, no último dia, o grande dia da festa,
Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se alguém
tem sede, que venha a mim e beba”. (Jo:7:37). O carnaval, não
pode alterar a rotina da Igreja, só se for no sentido de a
Igreja intensificar ainda mais a sua ação. O
carnaval não pode influenciar a Igreja, a Igreja não
é do mundo; a Igreja não é dirigida pelo deus
deste presente século, a Igreja e norteada em todas as
coisas pelo Espírito Santo de Deus – (1ª Co 4:3-4):
“Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os
que se perdem está encoberto, nos quais o deus deste século
cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não
lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de
Cristo, que é a imagem de Deus”.
A
Luz do Mundo:
Os dias de carnaval, não são tão diferentes dos outros dias para os salvos, mas os dias de carnaval são dias de trevas mais densas, porque todas as atenções do mundo estão voltadas para aplaudir a essas aberrações, há um grande alarido no arraial pela chegada do rei momo, e se os Pastores não estiverem vigilantes, até mesmo as Igrejas ficam com suas atenções voltadas para o carnaval. Mas a Igreja do Senhor Jesus é a luz do mundo: (Mt 5:14) “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte”. Que exemplo nos dá o sol!!! Nasce pela manhã, alumia os monturos, os lixões atômicos, os lugares de podridões, os blocos carnavalescos; alumia a Igreja do Senhor Jesus, e à tarde se põe em tacto como nasceu, sem se contaminar.
Ultraje
ao que é Santo:
Como se já
não bastasse a forma com que satanás com seus
adeptos, procurassem ultrajar, vilipendiar o ano inteiro, àquEle
que sem reclamar deu Sua vida para salvação do mais
vil pecador, parece que nos dias de carnaval esse astuto
usurpador, como se estivesse fechando o balanço do inferno,
procurasse arregimentar todos os demônios do inferno, a
juntar-se com todos os oprimidos da terra, para uma blasfêmia
sem precedentes e sem medidas, contra tudo que é de Deus,
contra tudo o que é Santo. Procurando sem sucesso a
denegrir a Igreja de Deus. Atentando contra a Célula Mater
da sociedade que é a família, essa instituição
Divina, instituída ainda no Éden, pelo próprio
Deus e sem o auxilio de oprimido nenhum, e que Deus tem primado
por sua preservação em todas as dispensações,
e hoje esse inimigo audaz tem tentado por todos os meios a acabar
com ela; durante o ano, as pessoas que mais se projetam na
sociedade através da Televisão, parece não
ter mais nada a apresentar a não ser vilipendiar a família,
culminando, fazendo um fechamento infeliz no carnaval. Mulheres
que se desnudam em plena via pública, diante das câmeras
para o mundo inteiro, induzindo as crianças à
sexualidade precoce, e promíscua, às drogas, à
falta de respeito, à violência e enfim à morte
precoce.
Resultados
do Carnaval:
Só no ano de
1999 foram registrados, pela Polícia Rodoviária
Federal, 2468 acidentes nas estradas do país, com 150
mortos e mais de 550 feridos.
Bibliografia:
Dicionário
Aurélio da Língua Portuguesa
Enciclopédia
Britânica – 1978 - Vol. 04
Defesa da Fé – ICP – Vol. 31
O Santo e o Profano:
Pastor Jorge Linhares
As citações bíblicas foram da Edição Revista e Corrigida - IBB
Pastor Jorge Albertacci
- www.adretiro.com.br
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segunda-feira, 26 de março de 2012
O Carnaval e a Igreja de Deus
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